Por que a Mafalda?

Publicada de 29 de setembro de 64 a 25 de junho de 73, a Mafalda não é apenas um personagem em quadrinhos.

Criada na Argentina, a menina Mafalda enfrentou a ditadura militar de seu país para falar de censura, feminismo, crise econômica e política internacional. Virou um símbolo dos anos 70.

Seus comentários e idéias são os reflexos das inquietudes sociais e políticas dos anos 60. Filha de uma típica família de classe média argentina, Mafalda representa o inconformismo da humanidade, mas acreditando em sua geração. Seus ódios mais nítidos são a injustiça, a guerra, as armas nucleares, o racismo, as convenções absurdas dos adultos e a sopa. Entre suas paixões estão os Beatles, a paz, os direitos humanos e a democracia.
Preocupa-se com a situação mundial, sobre a qual procura se atualizar constantemente pelo rádio. Espera cursar uma carreira universitária, ser alguém na vida. Critica duramente seus pais porque acredita que muitas vezes são conformistas.

Se ao defini-la usou-se o adjetivo “contestária”, não foi por uma questão de uniformização em relação à moda anticonformismo a qualquer preço: a Mafalda é realmente uma heroína iracunda que rejeita o mundo assim como ele é.